O que acontece se cientista virar profissão no Brasil? E o que não acontece sem a profissionalização do cientista? Conheça melhor esse debate com a entrevista da profa Dra. Suzana Herculano-Houzel, no programa roda viva.
"Prezados leitores, "cientistas", não cientistas, e talvez futuros "cientistas",
As aspas devem-se ao fato de "Cientista" não ser profissão. Jogador de futebol é; professor é; repentista, enólogo, químico são. Mas cientista, não. Isso leva a uma série de abusos e distorções, como o trabalho não regulamentado e sem quaisquer direitos ou garantias em laboratórios de pesquisa em universidades na condição de "estudantes", bolsistas de pós-graduação ou não, seguido de anos de trabalho efetivo na condição de "pós-doutor", também não considerado trabalho (e portanto sem vínculo empregatício nem direitos), até que eventualmente o cientista-de-fato seja, com sorte, contratado como... professor, se quiser ser pesquisador (excetuando-se os raros institutos de pesquisa, de fato, e as ainda poucas vagas na indústria).
Vou levar ao Congresso um pedido de regulamentação da profissão, mas antes quero ouvi-los. Por favor preencham o formulário com suas informações, opiniões, e endereço de email para contato. Tudo o que vocês escreverem será lido e considerado.
Vamos ajudar a mudar como a ciência é feita no Brasil!
Obrigada e um abraço,
Suzana Herculano-Houzel"
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